Manter-se em movimento, mesmo dentro de casa, contribui para que o corpo não sofra grandes impactos em virtude da rotina reduzida de atividades neste período de isolamento social. Pensando nisso, o professor Ítalo Campos, coordenador do Laboratório de Aptidão Física, da Faculdade de Educação Física da UFPA, faz algumas recomendações importantes que devem ser levadas em consideração nesse momento de limitação de movimentos.
Durante o dia a dia, o corpo desenvolve uma grande variedade de tarefas físicas corriqueiras, incluindo programas de exercícios e esporte para algumas pessoas ativas. Quando há uma mudança repentina nessa rotina, como ocorre na quarentena, a diminuição dessas atividades físicas pode provocar um desequilíbrio e o corpo tende a sair do seu estado considerado normal.
“Alguns indivíduos passam a permanecer a maior parte do tempo sentado ou deitado. Nosso corpo precisa de um mínimo de movimento para manter-se em equilíbrio de um modo geral. Assim, se comermos acima da conta, engordamos; se reduzimos nosso movimento, perdemos músculo; se não exercitamos nosso sistema cardiorrespiratório, entramos em fadiga respiratória por pequenos esforços. Isso vale para todos os sistemas do nosso organismo, incluindo o imunológico”, explica o professor Ítalo Campos.
Para se movimentar – Existem algumas atividades físicas que podem ser feitas em casa para diminuir os aspectos negativos do isolamento social. Em geral, existem dois grandes grupos de exercícios que podem ser realizados inclusive com a participação da família, são eles: exercícios com predominância cardiorrespiratória e exercícios musculares. As respostas a esses exercícios variam de acordo com a intensidade do esforço realizado pelo indivíduo e, com isso, geram benefícios em termos fisiológicos.
“Dependendo da disponibilidade de espaço, as pessoas podem realizar ginástica básica, como exercícios de força; alongamentos; lançamentos e agarramentos de objetos como garrafas, bolas etc.; fazer exercícios de equilibrar; caminhadas ou pequenas corridas, seja natural, seja estacionária; pequenos saltos; realizar alguns jogos motores e, dependendo da logística, podem nadar ou fazer hidroginástica”, aconselha o professor Ítalo Campos.
De acordo com o professor Ítalo, o mais importante é evitar perdas funcionais relacionadas à rotina de trabalho e de estudos para, dessa forma, reter, o máximo possível, a condição física anterior, ou seja, manter o organismo em estado de prontidão para voltar à rotina motora principal do indivíduo, assim que exigido. Isso evitará sinais de fadiga, desgaste físico e eventualmente dores musculares.
Texto: Maiza Santos – Assessoria de Comunicação da UFPA
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