No último dia 20 de outubro, o Parque Zoobotânico Mangal das Garças ganhou uma nova atração que virou notícia: a coruja Olívia. Da espécie murucututu, o animal residiu por algum tempo no Hospital Veterinário (HV) da UFPA por causa da condição de vulnerabilidade de ser um filhote órfão e por ter uma fratura na asa e uma deformação em uma das patas, que a impossibilitava de voltar à natureza. Além de tratar de animais silvestres, como a Olívia, o HV também realiza atendimento veterinário para animais domésticos de companhia e de produção de toda a região.
“O HV tem sido ponto de apoio à recepção de espécimes da fauna silvestre do estado que sofreram traumas de ordens diversas como atropelamento, queimaduras, quedas, ataques por animais domésticos e outros. Os animais são recebidos, registrados, atendidos e, depois de recuperados, são entregues aos órgãos ambientais para destinação”, explica Cinthia Lopes, diretora do hospital.
Localizado no Campus de Castanhal da UFPA e vinculado ao Instituto de Medicina Veterinária (IMV), o HV faz atendimento clínico, exames laboratoriais e de imagem e cirurgias. Além desse atendimento clínico e cirúrgico, o hospital também realiza pesquisas e formação prática de graduandos e pós-graduandos do IMV, além de ser cenário de prática para os programas de residência veterinária. Atualmente, estão em curso pesquisas que envolvem as áreas de traumatologia, biotecnologia, hematologia, anestesiologia e exames de imagem.
Por conta da pandemia, o atendimento de animais domésticos no hospital está suspenso, por tempo indeterminado, para adequações. Para animais de produção e silvestres, o atendimento é realizado mediante agendamento prévio por meio dos telefones: 3311-4715 (animais de produção) e 3311-4708 (animais silvestres). O atendimento de animais de produção é feito de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h. O de animais silvestres é feito nos mesmos dias, das 8h às 12h.
Coruja Olívia – A coruja foi levada ao hospital em 2015, ainda filhote, após uma chuva forte no município de Benevides, que causou a fratura de uma das asas. Atendida pelo aluno residente José Jones Pereira Júnior, Olívia passou por tratamentos e cirurgias de alto risco e, depois da recuperação, foi treinada para recuperar a habilidade de voo e adaptar-se.
“Após todo o manejo para a sua criação e devido a todos os cuidados hospitalares que recebeu, foi dada a alta médica, e Olívia foi considerada apta a um novo lar que pudesse mantê-la em um recinto devidamente preparado para ela e com o acompanhamento constante, especialmente do membro esquerdo, no qual as garras precisam ser desgastadas quando atingem certo crescimento. Com toda a sua garra, valentia e energia, Olívia, já adulta, recebeu alta do HV em setembro e já foi transportada ao seu novo lar”, conta Cinthia Lopes, diretora do hospital.
FAMEV – O curso de Medicina Veterinária, também vinculado ao IMV, recebeu, na última avaliação do Enade o conceito quatro. O resultado aponta uma evolução em relação ao conceito recebido anteriormente, que era três. A nota do ENADE, junto com outros índices, é importante para a avaliação dos cursos de graduação e permite (ou suspende, em casos de notas baixas) suas atividades. O conceito máximo na avaliação é cinco.
“A nota do ENADE é um parâmetro positivo para identificar ao estudante se a FAMEV vai proporcionar uma formação pautada na qualidade e excelência, contribuindo assim para a melhor qualificação profissional do futuro médico veterinário e sua colocação no mercado de trabalho. Ressalta-se que uma boa avaliação no MEC traz desde uma excelente medida de qualificação aos profissionais formados pela faculdade, maiores oportunidades de empregos para os egressos, bem como, uma maior visibilidade às universidades e representando ainda, como é o nosso caso, a importância do ensino público de qualidade”, explica o diretor da Faculdade de Medicina Veterinária (FAMEV), professor Pedro Paulo Maia.
De acordo com o professor Felipe Masiero, ex-diretor da Faculdade, o aumento da nota aconteceu devido a alterações no currículo do curso, melhorias na estrutura física do curso e uma maior conscientização dos alunos da importância da prova. “Nós demos um salto de uma nota 3 para uma nota 4, e essa conquista só foi possível em função do comprometimento de todos os envolvidos nessa busca contínua de uma Medicina Veterinária de qualidade na UFPA”.
Texto: Rafael Miyake – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Divulgação