Entre os dias 10 e 12 de dezembro está acontecendo o I Congresso Nacional de Educação Especial Inclusiva (CNEEI), evento organizado pelo Núcleo de Acessibilidade do Campus da UFPA em Castanhal, em parceria com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia (PPGEAA), do Campus de Castanhal/UFPA.

A programação conta com minicursos, oficinas, mesas-redondas entre outras atividades que ocorrem nas cidades de Castanhal (PA), Redenção (CE) e no campus sede da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Nesta terça, 10, o Congresso foi iniciado no Auditório da Catedral Santa Maria Mãe de Deus, em Castanhal e contou com mesa de abertura, apresentação cultural e uma conferência intitulada “Formação em Educação Especial no Brasil”.

A Professora Débora Alfaia da Cunha, coordenadora do CNEEI, destacou a relevância do evento como uma oportunidade de formação para todos os envolvidos. “O I Congresso Nacional de Educação Especial Inclusiva é o nosso primeiro ciclo formativo do Parfor Equidade, porque nós entendemos que ninguém vira professor, como dizia Paulo Freire, na madrugada, a gente se torna professor num processo muito árduo de formação”, enfatizou. A docente também ressaltou o papel histórico de Castanhal na luta pela educação especial e a importância das pessoas e instituições engajadas nesse processo. “O mérito é de todas as pessoas, de todas as instituições, de todos os sonhadores que têm se envolvido na construção de uma sociedade melhor e mais inclusiva”, completou.

Já a Professora Maria Lucilena Gonzaga, pró-reitora de Ensino de Graduação da UFPA, chamou a atenção para a importância de pensar a educação inclusiva de forma integrada e contextualizada. “A Universidade Federal do Pará é a maior universidade inclusiva do Brasil porque tem uma população significativa de quilombolas, de indígenas, com um número considerável de alunos PCDs, mas também de servidores PCDs”, afirmou. Ela também destacou a relevância da parceria entre os estados participantes do CNEEI. “Este congresso reúne três estados cuja representatividade para o Brasil é importantíssima. O Ceará, sendo um paradigma de uma educação de qualidade em meio a tantas adversidades. Minas Gerais, que concentra uma população importante, principalmente de quilombolas junto com o Pará. E, por fim, o Pará, que tem na UFPA a maior população indígena e quilombola”, pontuou.

A pró-reitora ainda lembrou das conquistas recentes da UFPA, como a aprovação do Regime Acadêmico Diferenciado para Inclusão e Permanência de Estudantes de Graduação (RADIP-EG), por meio da Resolução 5.799/2024. Segundo ela, o documento reflete o compromisso da universidade com a garantia de direitos. “Pensar na magnitude dessa universidade não é dizer aleatoriamente que nós somos da maior universidade do norte do país, mas é pautar políticas que assegurem direitos, para que essa universidade seja, de fato, grandiosa. E uma universidade só é grandiosa quando ela pensa a partir do seu território e das suas peculiaridades”, concluiu.

O CNNEI continua nesta quarta (11) e nesta sexta (12), com atividades simultâneas na UFPA Castanhal, em Redenção (CE) e na UFJF. A programação de encerramento será realizada em Castanhal, no Auditório da Catedral Santa Maria Mãe de Deus e com transmissão, ao vivo pelo Youtube, e contará com 4 mesas-redondas: “A expansão das licenciaturas na área de Educação Especial nas universidades públicas brasileiras”, “Formação continuada de professores de sala comum”, “Demandas emergentes: Altas habilidades/superdotação” e “Gestão escolar para uma Educação Inclusiva”. Para conferir a programação completa, acesse o site: https://www.even3.com.br/cneei/.

Texto e fotos: Paula Lopes – Ascom UFPA/Castanhal