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Consulta para escolha dos dirigentes da UFPA será realizada nos dias 29 e 30

Nos dias 29 e 30 de junho (9h do dia 29 às 21h do dia 30 de junho) será realizada, via sistema eletrônico SIG-Eleição, a consulta prévia à comunidade universitária para escolha dos dirigentes da Universidade Federal do Pará (UFPA), no período 2020-2024.

As listas finais de votantes aptos a participar da consulta foram divulgadas na segunda-feira, dia 22 de junho, pela Comissão Organizadora da Consulta (COC), no site www.consulta2020.ufpa.br. Nelas, é possível conferir os nomes dos docentes, técnicos-administrativos e discentes de graduação, de pós-graduação e da Escola de Aplicação aptos à votação. Também é possível conhecer, no site, as chapas inscritas e os currículos dos candidatos.

A Coordenação do Campus de Castanhal disponibilizará, tanto em Castanhal quanto no interior, os seguintes espaços para votação, a fim de atender àqueles que não têm acesso à internet em casa. Confira:

Campus Castanhal – Secretaria das Faculdades
Mãe do Rio – Laboratório da turma de Sistemas de Informação na escola Lourenço Scott
São Caetano – Sede da Secretaria Municipal de Saúde

Para saber como votar no sistema eletrônico SIG-Eleição, clique
aqui.A consulta é um importante momento democrático que integra os processos eleitorais nas instituições de ensino, pois possibilita que a comunidade universitária se posicione em relação aos gestores que deseja ter nos próximos quatro anos.

Inscrições para os Programas Navega Saberes e Eixo Transversal 2020 encerram nesta segunda, 29

A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), em consonância com o disposto na Resolução do CNE/MEC nº 07/2018, no Decreto nº 7.416/2010 e nas normas internas da UFPA, torna pública as condições para a submissão de propostas aos Programas:

– Navega Saberes Infocentro/2020: clique aqui para ler o edital.

– Eixo Transversal 2020: clique aqui para ler o edital.

O período de inscrições vai de 01/06/2020 até 29/06/2020. Para mais informações, acesse o site da Proex.

UFPA abre inscrição para Auxílio Emergencial Alimentação para estudantes

A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Superintendência de Assistência Estudantil (saest), iniciou, nesta segunda-feira, 22 de junho, e segue até 10 de julho de 2020, o período de inscrições para a concessão de Auxílio Emergencial Alimentação para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Estão sendo ofertados 1.500 auxílios no valor de R$ 150,00 reais. O auxílio será concedido enquanto perdurar a suspensão das atividades presenciais nos campi e nos Restaurantes Universitários. O auxílio alimentação foi uma reivindicação do Diretório Central dos Estudante e de Centros Acadêmicos, como medida de proteção aos alunos diante da pandemia da Covid-19.

Quem pode solicitar – Discentes da UFPA regularmente matriculados em cursos de graduação no período letivo 2020, com as seguintes prioridades: discentes deferidos no Programa Permanência 2020 listados no Cadastro de Reserva; discentes que já estão sendo assistidos pela folha do Auxílio Taxa Zero; cotistas em geral, desde que a renda per capita familiar não ultrapasse a 1,5 (um e meio) salário mínimo vigente;  e não cotista em geral, desde que a renda per capita familiar não ultrapasse a 1,5 (um e meio) salário mínimo vigente.

Inscrição – Para se inscrever, deve-se acessar o Sistema Gerencial de Assistência Estudantil (SIGAEST), clicar em Auxílio Alimentação Emergencial/2020, preencher o Questionário Socioeconômico de forma completa.

Após a realização da inscrição, devem ser enviados os documentos exigidos no edital, de forma online, por meio exclusivo do Sigaest, em arquivo formato JPG, e tamanho máximo de 500 Kbytes.

Quem não pode solicitar – Não serão assistidos pelo Auxílio Alimentação Emergencial os discentes que estejam dentro dos seguintes requisitos: de curso de graduação a distância, curso de graduação autofinanciado e outros de mesma natureza;  deferidos nos Auxílios Permanência e Moradia2020; assistidos pelos Auxílios: Intervalar, Casa de Estudante e Estudante Estrangeiro; assistidos pela Bolsa de Apoio à Atividade Acadêmica (Bolsa/Saest); assistidos  pelo Programa Bolsa Permanência/MEC; Auxílio Moradia para Indígenas e Quilombolas; assistidos  por bolsas acadêmicas (Pibic, Pibex, Monitoria, PET) entre outras de mesma natureza); assistidos pela Bolsa/Trabalho (Proad); que estejam com pendências de prestação de contas na Saest, a exemplo dos auxílios: Creche, Instruir, Acesso às Línguas Estrangeiras (Prolínguas), Kit Acadêmico, Kit Acadêmico PcD e Apoio à Viagem Acadêmica (AVA), além de diárias e passagens via SCDP/UFPA.

Serviço:

Inscrição Auxílio Alimentação Emergencial/2020
Inscrições: 22 junho a 10 de julho de 2020
Informações:  WhatsApp: (91) 98333-2895
E-mails: saestcie@ufpa.brsaestcae@ufpa.br
Acesse edital aqui
Mais informações na página da Saest

Texto e arte: Assessoria Saest

Capes oferece 25 mil vagas para cursos virtuais gratuitos

Oportunidade para quem quer fazer cursos de Português, Matemática e Tecnologias da Informação e Comunicação em casa. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) oferece, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), 25 mil vagas para a capacitação on-line.

Os cursos, com 60 horas de duração, são gratuitos e direcionados para estudantes de graduação, concluintes do Ensino Médio e matriculados na Universidade Aberta do Brasil (UAB). As inscrições estão abertas e vão até 26 de junho pela plataforma AVAMEC.

“Com essa iniciativa, o governo federal reforça seu compromisso com a educação, possibilitando a qualificação de milhares de jovens, por meio de cursos atualizados e de qualidade”, afirma Benedito Aguiar, presidente da Capes.

Mais de 45 mil estudantes já fizeram os cursos, que estão no ar desde abril e foram revisados e atualizados por especialistas das áreas. “Esse tipo de iniciativa fortalece a educação básica, bem como o uso de tecnologias na educação a distância”, explica Carlos Lenuzza, diretor de Educação Básica da Coordenação.

Ao concluírem o curso, os estudantes receberão um certificado emitido pela Capes, com a carga horária cumprida. O conteúdo, a metodologia e os objetivos estão disponíveis para consulta na plataforma.

Texto e arte: Redação CCS/Capes

Biblioteca Central promove live com orientações para a produção de artigos científicos

A Biblioteca Central da UFPA irá realizar mais uma live nesta quinta feira, 18, desta vez a temática será “Como produzir artigos científicos: aspectos, qualidade e cuidados na escrita”. Para esclarecer dúvidas sobre o assunto, a palestrante convidada será a técnica Rosemarie Costa, mestre em Ciência da Informação e bibliotecária da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA). Com início às 15h30, a live será realizada na Página da BC e contará com a presença de intérpretes de Libras.

Pensar em produzir um artigo científico é sempre assustador, afinal a sua elaboração é uma preocupação recorrente na comunidade acadêmica desde o início do processo de graduação. As dúvidas são grandes, principalmente para os discentes que querem adiantar o processo de escrita. Por isso a BC objetiva atender a essa demanda e ajudar na capacitação dos alunos para a escrita de artigos, bem como busca contribuir para que possam produzir trabalhos com qualidade.

“Qualquer pessoa pode escrever um artigo de qualidade, desde que tenha uma boa pesquisa e resultados relevantes para contribuir com o desenvolvimento da área de pesquisa e o bem da sociedade”, afirma Rosemarie Costa.

De acordo com a bibliotecária, produzir artigos científicos é um trabalho que exige precisão e domínio sobre o assunto que foi pesquisado, mas exige também outros elementos formais e de qualidade necessários para cumprir o objetivo de comunicar à sociedade sobre os resultados das pesquisas. Por este motivo, é importante que todos tenham conhecimento das técnicas e regras que devem ser seguidas.

“A abordagem inicial não pode fugir dos aspectos conceituais e estruturais de um artigo científico, apesar de que muitos livros de metodologia apresentam e detalham esses componentes. Na apresentação, pretendo dar ênfase ao desenvolvimento e à organização do texto, chamando atenção para os aspectos de coesão e coerência textuais, entre outros fatores de qualidade do texto”, esclarece.

Lives BC – Para a palestrante, as ações de capacitação da Biblioteca Central contribuem para a missão da UFPA, que é formar cidadãos capazes de promover o desenvolvimento da sociedade, especificamente voltados para os interesses da região amazônica. Os treinamentos, realizados por meio de lives, têm conseguido suprir a necessidade de manter o aprendizado de forma contínua, disponibilizando aos discentes uma forma de continuarem se qualificando para trabalhar em suas respectivas áreas de estudo.

Serviço:

Live “Como produzir artigos científicos: aspectos, qualidade e cuidados na escrita”
Data: 18 de junho.
Hora: às 15h30min
Plataforma de acesso: Facebook da BC

Texto: Gilberto Moura – Assessoria de Comunicação da UFPA.
Arte: Divulgação BC

Live debate o tema “Medicalização e autonomia dos corpos”

O Grupo Feminista de Estudos e Ação Política Zoé’s e o Projeto de Extensão “Círculos de Leituras Feministas” da UFPA vão realizar, no dia 10 de junho, das 14 às 18h, a live intitulada “Medicalização e autonomia dos corpos”, com a participação das professoras doutoras Flávia Cristina Silveira Lemos, Geise do Socorro Lima Gomes e Lilian Sales.

Sobre a medicalização – O termo surgiu no final da década de 1960 para se referir à crescente apropriação dos modos de vida humana pela medicina e se tornou campo de estudo, sobretudo pelo filósofo e historiador francês Michel Foucault. Para este filósofo, a história da espécie humana está intimamente ligada à medicalização, ou seja, à construção de uma bio-história que diz respeito aos efeitos das incessantes intervenções médicas realizadas em todo o corpo da população. São modulações que se apresentam desde o Século XVIII e que, na atualidade, ganham proporção por meio da generalização dos saberes médicos em diferentes espaços de vida, atuando sobre as questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.

No contexto da pandemia, a live se propõe a refletir sobre a exclusão de uma parcela significativa da população das condições básicas de saneamento, dos cuidados preventivos de saúde e do acesso à alimentação suficiente e de qualidade, bem como das promessas de avanços da ciência e tecnologia modernas de saúde.

O evento será transmitido pelo Youtube e as inscrições (gratuitas) podem ser realizadas até o dia 09 de junho no site www.even3.com.br/medicalizacaoeautonomiadoscorpos/.

Nota de esclarecimento – Instituto de Medicina Veterinária

No dia 21 de maio de 2020, foi veiculada a reportagem “Cuidados com os pets em tempo de pandemia”, pela emissora SBT Pará, sobre a ação de orientação à população, por telefone, da relação dos animais e o novo coronavírus, iniciativa desenvolvida pelo Instituto de Medicina Veterinária (IMV) da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus de Castanhal, por meio dos Programas de Residência em Medicina Veterinária e do Hospital Veterinário (HV). Acerca da veiculação da reportagem, esclarecemos:

  1. A reportagem foi demandada espontaneamente pelo referido veículo em contato com a Direção do IMV, ocasião em foi solicitada a gravação caseira de depoimentos do diretor do Instituto e de uma médica veterinária residente no HV que atua na ação.
  2. Os vídeos foram produzidos caseiramente e enviados para a equipe da reportagem, conforme solicitado. Após este contato, não tivemos conhecimento prévio da versão editada da reportagem que foi ao ar.
  3. Somente no momento da assistência da reportagem já veiculada, tomamos conhecimento do uso de imagens de acervo, por parte da emissora, relativas a ações desenvolvidas por outras instituições, como o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Belém, o Hospital Veterinário e o curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), entre outras. Dessa forma, a reportagem trata da ação da UFPA mostrando, de maneira equivocada, imagens de outras ações que não têm relação com o teor das falas apresentadas.
  4. Diante do exposto, a direção do IMV já solicitou à equipe responsável pela reportagem que sejam feitas as devidas retificações pela emissora à população.
  5. Por fim, esclarecemos que o objetivo da divulgação era prestar informações de um serviço de interesse público oferecido à população, no contexto da pandemia do novo coronavírus. Assim, lamenta-se os sentidos adversos e quaisquer inconvenientes causados pela veiculação indevida das imagens de acervo relacionadas a outras ações e instituições.

Castanhal, 23 de maio de 2020.

PROF. DR. LEÔNIDAS OLEGÁRIO DE CARVALHO
Direção do Instituto de Medicina Veterinária da UFPA

Nota de Condolências

A Coordenação Geral da UFPA/Castanhal e toda a comunidade acadêmica solidarizam-se com as famílias e os amigos dos vigilantes Gessé Gomes da Silva e Alex Roge Castro de Oliveira, falecidos bruscamente na manhã desta quarta (15/04), sob circunstâncias que ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil.

Professor da UFPA comenta a importância de se movimentar em períodos de isolamento social

Manter-se em movimento, mesmo dentro de casa, contribui para que o corpo não sofra grandes impactos em virtude da rotina reduzida de atividades neste período de isolamento social. Pensando nisso, o professor Ítalo Campos, coordenador do Laboratório de Aptidão Física, da Faculdade de Educação Física da UFPA, faz algumas recomendações importantes que devem ser levadas em consideração nesse momento de limitação de movimentos.

Durante o dia a dia, o corpo desenvolve uma grande variedade de tarefas físicas corriqueiras, incluindo programas de exercícios e esporte para algumas pessoas ativas. Quando há uma mudança repentina nessa rotina, como ocorre na quarentena, a diminuição dessas atividades físicas pode provocar um desequilíbrio e o corpo tende a sair do seu estado considerado normal.

“Alguns indivíduos passam a permanecer a maior parte do tempo sentado ou deitado. Nosso corpo precisa de um mínimo de movimento para manter-se em equilíbrio de um modo geral. Assim, se comermos acima da conta, engordamos; se reduzimos nosso movimento, perdemos músculo; se não exercitamos nosso sistema cardiorrespiratório, entramos em fadiga respiratória por pequenos esforços. Isso vale para todos os sistemas do nosso organismo, incluindo o imunológico”, explica o professor Ítalo Campos.

Para se movimentar – Existem algumas atividades físicas que podem ser feitas em casa para diminuir os aspectos negativos do isolamento social. Em geral, existem dois grandes grupos de exercícios que podem ser realizados inclusive com a participação da família, são eles: exercícios com predominância cardiorrespiratória e exercícios musculares. As respostas a esses exercícios variam de acordo com a intensidade do esforço realizado pelo indivíduo e, com isso, geram benefícios em termos fisiológicos.

“Dependendo da disponibilidade de espaço, as pessoas podem realizar ginástica básica, como exercícios de força; alongamentos; lançamentos e agarramentos de objetos como garrafas, bolas etc.; fazer exercícios de equilibrar; caminhadas ou pequenas corridas, seja natural, seja estacionária; pequenos saltos; realizar alguns jogos motores e, dependendo da logística, podem nadar ou fazer hidroginástica”, aconselha o professor Ítalo Campos.

De acordo com o professor Ítalo, o mais importante é evitar perdas funcionais relacionadas à rotina de trabalho e de estudos para, dessa forma, reter, o máximo possível, a condição física anterior, ou seja, manter o organismo em estado de prontidão para voltar à rotina motora principal do indivíduo, assim que exigido. Isso evitará sinais de fadiga, desgaste físico e eventualmente dores musculares.

Texto: Maiza Santos – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução Google

Pesquisadores da UFPA integram grupo interinstitucional que está desenvolvendo modelo matemático de projeção da propagação da Covid-19 no Brasil

Um grupo de pesquisa composto por engenheiros e cientistas da computação da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Instituto Nacional de Pesquisa (INPE) de São José dos Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de São Paulo (USP) está investigando a projeção de como a pandemia do novo coronavírus  cresce em países do terceiro mundo, por meio de modelos matemáticos mais adequados à realidade demográfica de tais países.

O principal estudo utilizado como referência para esse tipo de projeção no mundo todo é da Imperial College, de Londres, que inicialmente realizou projeções para o espalhamento da Covid-19 nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, baseado em um dos modelos mais adotados pela comunidade internacional para esse fim – o Susceptibility-Exposure-Infection-Removal (SEIR).

A despeito da grande aplicabilidade do SEIR, no caso do Brasil, há a necessidade premente de um modelo que reproduza de forma mais fidedigna a realidade de países subdesenvolvidos, levando em consideração as condições demográficas da população, como baixíssimos níveis de saneamento e de água potável, grande número de domicílios com poucos cômodos, grande número de pessoas por cômodo e com baixa renda média domiciliar.

Dificuldades para o isolamento social – Como ainda não há medicamento para tratar ou vacina para conter o acelerado avanço da Covid-19, a principal medida hoje no combate à doença é o isolamento social. Assim, os doentes são postos em quarentena hospitalar/domiciliar e a população como um todo é orientada a realizar quarentena domiciliar, quando possível, a fim de diminuir a escalada da propagação da doença, amenizando o impacto da pandemia no sistema de saúde. Portanto, atualmente, o isolamento social é a principal ação recomendada no mundo pelas autoridades de Saúde nacionais e internacionais.

“Os modelos de projeção que consideram apenas uma perspectiva homogênea da população e de sua demografia, nos cálculos para chegar aos gráficos de alcance da Covid-19, estão fortemente baseados nos moldes de vida de cidades típicas da União Europeia, onde, de fato, existe a possibilidade de colocar-se grande parte da população em confinamento, uma vez que lá os domicílios, em regra, possuem estrutura para tanto. Todavia tal realidade está longe de ser o padrão brasileiro, principalmente nas grande metrópoles do país. Em nossa realidade, temos parcela significativa da população dividindo domicílio com muita gente e poucos cômodos, o que, em muitos casos, inviabiliza um isolamento total de uma pessoa contaminada. Em certas situações, inclusive, não existe nenhuma possibilidade de confinamento, quando seis ou sete pessoas dividem um único cômodo, por exemplo. Então, diante das características demográficas do Brasil, que são muito peculiares e similares às de países como a Índia, China e do continente africano, nosso grupo concebeu e implentou esse modelo matemático diferenciado, muito mais adequado à realidade brasileira”, explica o professor da UFPA Renato Francês, que coordena as pesquisas em andamento.

Assim, o modelo que está sendo desenvolvido considera as desigualdades sociais existentes no Brasil e projeta o alcance do novo coronavírus  de modo mais aproximado à realidade brasileira, tomando como modelo inicial a cidade de São Paulo, que é o epicentro da crise, podendo, entretanto, estendê-lo a todos os 5.570 municípios do país. “Trata-se de um modelo generalizável, criado matematicamente e implementado computacionalmente, que começa a apresentar curvas mais reais de como o vírus se comporta nessas situações específicas”, continua Francês.

Para dar um exemplo, na Região Metropolitana de São Paulo, há cerca de 19 milhões de habitantes, sendo que, desses, quase 2 milhões moram em domicílios com um único cômodo, dividido com três ou mais pessoas, o que impede o confinamento de cerca de 10% da população. Esse tipo de especificidade não está representada nos modelos de referência internacionais.

Modelo adaptado – Para tal situação, deve-se ter alguma alternativa que funcione em paralelo ao modelo de confinamento recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Então, o modelo matemático de projeção da Covid-19 elaborado pelo grupo considera a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE), dados de 2018, para garantir que os cálculos sejam feitos de modo a levar em conta as restrições que existem em função da demografia nacional, consistindo, por exemplo, na impossibilidade de confinamento geral dessa parcela de habitações com alta densidade de pessoas por cômodo.

No segundo passo dessa modelagem, serão consideradas outras bases de dados oficiais, por exemplo, o censo escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de modo a levantar o número de escolas por bairros que possam servir como base alternativa para um isolamento social real em circunvizinhanças superpopulosas, já que nem as condições demográficas nem o sistema único de saúde daria conta de garantir o confinamento domiciliar e hospitalar, respectivamente, necessário para, de fato, desacelerar o novo coronavírus  no Brasil.

“As escolas potencialmente são ótimas alternativas à estrutura tradicional de saúde, porque são estruturas que têm salas, banheiros e cozinhas e, por isso, podem reproduzir um ambiente domiciliar em uma escala maior, além de possuírem uma grande capilaridade  e alcance nas cidades brasileiras”, sintetiza o professor.

De acordo com o pesquisador, o modelo inglês é importante, mas não deve ser utilizado em uma realidade em que, de um lado, há um condomínio de luxo e, de outro, uma invasão que não possui sequer água encanada e a população vive abaixo da linha de pobreza, sem qualquer poder aquisitivo para adquirir álcool gel.

“Desse modo, não é possível, no Brasil, o confinamento em larga escala da população e, com base nessa nova modelagem, estamos colocando em percentual quantos domicílios não permitem isso por cidade do território nacional. Aí teremos uma medida mais realista de como a pandemia pode se propagar no país se o Estado brasileiro não criar alternativas para o confinamento populacional”, conclui Renato Francês.

Resultados do estudo – As alternativas propostas pelo estudo para o confinamento real e em escala da população brasileira devem ser consideradas de imediato, já que na realidade de ações como a construção de um hospital emergencial em seis dias, por exemplo, como ocorreu na China, são muito pouco prováveis, e as curvas que demonstram o alcance da Covid-19 no Brasil, por meio do modelo matemático desenvolvido pelos pesquisadores, apontam que as condições demográficas do país agravam a aceleração da pandemia.

Por este motivo, o objetivo da pesquisa é chamar atenção dos governantes para que tomem medidas mais efetivas e urgentes, baseadas em evidências científicas. Os primeiros resultados já estão sendo gerados e serão divulgados em breve. A ideia é também disponibilizar os algoritmos e toda a parametrização utilizada para que outros pesquisadores, do Brasil e do exterior, possam se beneficiar com medidas que antecipem as projeções do vírus.

O estudo está sendo realizado por Renato Francês, Marcelino Silva, Evelin Cardoso e Frederico Santana, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) da UFPA; Solon Carvalho, do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada do INPE; Nandamudi Lankalapalli Vijaykumar, da Unifesp; e André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, da USP.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução Google



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