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Professor do Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia realiza defesa de memorial

 

Professor da Universidade Federal do Pará há 30 anos, José Guilherme dos Santos Fernandes vai defender, no dia 11 de julho, a partir das 9h, em transmissão ao vivo pela internet, memorial sobre sua trajetória na docência e na pesquisa. A defesa visa à progressão funcional à classe única de Professor Titular da UFPA.

“Essa será minha ‘prestação de contas’ da atuação docente desde 1992, quando iniciei como professor substituto justamente no campus onde hoje me encontro, Castanhal, depois de estar lotado em Belém e Bragança, e em um sem número de municípios paraenses, em missões de formação e pesquisa. Muito devo a essa instituição acadêmica, que não apenas ofereceu boa parte de meus estudos, mas deu sentido à minha vida”, relata o professor doutor da Faculdade de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia.

Currículo – José Guilherme Fernandes possui doutorado em Letras pela UFPA; é Bolsista Produtividade em Pesquisa PQ2 do CNPq; coordena o grupo de pesquisas Colaboratório de Interculturalidades, Inclusão de Saberes e Inovação Social (COLINS); é membro da Red Educación Superior y Pueblos Indígenas en América Latina, da Universidad Nacional Tres de Febrero, Buenos Aires, Argentina, sendo, também, Investigador Posdoctoral Visitante do Centro Interdisciplinario de Estudios Avanzados (CIEA) nessa universidade; é sócio colaborador na Associação Brasileira de Antropologia (ABA); é Membro Associado do CIÈRA (Centre Interuniversitaire d’Études et de Recherches Autochtones), Polo Montreal, Canadá.

A vasta experiência como professor e pesquisador levou o Dr. José Guilherme a criar e coordenar o Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazonia em 2016, com a primeira turma iniciando suas atividades em 2017. O docente expõe os objetivos da iniciativa de se investir em um programa interdisciplinar na região.

“A intenção do Programa é estudar os discursos, práticas e saberes da ação do homem sobre a região, abrangendo tanto os efeitos construtivos quanto destrutivos dessas ações. A área de concentração denominada Estudos Antrópicos tem por objetivo investigar e estudar realidades e modelos culturais e científicos em contato, propondo projetos e/ou ações relativos à compreensão da antropia em seus desdobramentos na sociobiodiversidade e na interação de saberes”, descreve.

José Guilherme também coordenou a proposta de criação do PPG em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA), do Campus de Bragança, em 2010, sendo aprovada para início em 2011, atuando como seu primeiro coordenador de 2011 a 2013.

As duas iniciativas à frente da pós-graduação demonstram o compromisso do docente com a interiorização da pós-graduação stricto sensu na Amazônia, a partir da UFPA. Além disso, o professor, neste ano de 2022, ainda aprovou a proposta de especialização em Geoprocessamento e Gestão Ecoterritorial, após aprovação da proposta em edital da SECTET, do Governo do Pará, que irá funcionar no núcleo universitário de São Caetano de Odivelas, vinculado ao Campus de Castanhal.

Em relação à atuação como pesquisador, destacam-se os trabalhos realizados em comunidades amazônicas, com o objetivo de promover a integração colaborativa (inclusão de saberes) entre a academia e as comunidades autóctones, considerando-se seus saberes e práticas culturais em interação, nos espaços e paisagens de ocorrência.

“A pesquisa colaborativa deve se encaminhar para ações de transformação ou de minimização de problemas socioambientais e culturais. A nosso ver, a pesquisa colaborativa pode instaurar a solidariedade criativa, conduzindo-nos para a inovação social como estratégia para dar resposta a um problema de ordem social (de intraclasse ou interclasse, de hegemonia e identidade, de práticas de bem estar e bom viver)”, destaca o pesquisador.

Todos esses caminhos e outras particularidades da trajetória do professor José Guilherme serão apresentados na defesa intitulada “Chão de Siriúba: Memorial Descritivo e Construção de Sentidos Acadêmicos”, para a qual o docente deixa o convite à comunidade acadêmica.

“Gostaria de compartilhar esse momento como forma de agradecimento pelo oferecido a mim, mas também como reconhecimento de que a universidade pública, gratuita e de qualidade pode e deve transformar as pessoas. E agora eis o momento de fincar pé no meu chão de siriúba, atando as duas pontas da existência, estornando o que aprendi na academia e nos manguezais às margens de minha origem, o rio Mojuim”, conclui.

Serviço:
Defesa de Memorial do Prof. Dr. José Guilherme dos Santos Fernandes
Tema: “Chão de Siriúba: Memorial Descritivo e Construção de Sentidos Acadêmicos”
Data: 11 de julho de 2022
Horário: 9h
Local: Canal do Colins no Youtube
Banca examinadora:
-Prof. Dr. Edilberto Rozal (Presidente – UFPA Castanhal)
– Iraildes Torres (Avaliadora Externa – UFAM)
– Marie-Hélène Catherine Torres (Avaliadora Externa – UFSC)
– Otávio Lopes (Avaliador Interno – NUMA UFPA)
– Wagner Luiz Barbosa (Avaliador Interno – NUMA UFPA)

Texto: Paula Lopes – Ascom UFPA/Castanhal
Imagem: Divulgação