Neste 16 de novembro comemorou-se o Dia Mundial da Falcoaria, arte milenar de treinamento de aves de rapina para a caça, considerada pela UNESCO como Patrimônio imaterial da humanidade. Desde o final de 2014, o Hospital Veterinário – Setor de Animais Silvestres da UFPA (HVSAS) utiliza técnicas de falcoaria na reabilitação de rapinantes, o que tem elevado consideravelmente o bem-estar das aves internadas e possibilitado o seu treinamento para retorno à natureza.
De acordo com a Médica Veterinária Cinthia Távora, inúmeros são os ataques a essas aves. “O último animal machucado que recebemos foi uma coruja Suindara, popularmente conhecida como “rasga mortalha”. Ela chegou ao hospital com histórico de ter sido encontrada dentro de um saco de lixo. Apesar de ainda estar viva, possuía sérias fraturas, por isso não resistiu e morreu no dia seguinte.”
Para proteger esses animais das agressões que vêm sofrendo, os médicos do HSVAS decidiram lançar a campanha #protejaasuindara como parte, também, de Projeto de Extensão Muiraquitã para Educação Ambiental. “Ao contrário do que se difunde, a coruja ‘rasga mortalha’ não traz mau agouro. Ela colabora de forma fundamental para o controle biológico de roedores urbanos como ratos e catitas. Estudiosos no assunto estimam que, para um período de um ano, um casal de suindaras consuma entre 1720 e 3700 ratos, e entre 2660 e 5800 insetos (basicamente besouros, esperanças e grilos). Esse animal é mesmo admirável! Vamos protegê-lo!”, destaca Cinthia Távora, responsável pelo Setor de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da UFPA/Castanhal.
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