O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), está com cadastro aberto para a cirurgia de implante coclear, mais conhecido como “ouvido biônico”.
Para ter acesso ao serviço, os candidatos precisam ser encaminhados por uma unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e apresentar cópias do RG, CPF, comprovante de residência e cartão SUS. Para quem reside em outra cidade ou outro Estado da Região Norte, além da guia e da cópia dos documentos pessoais, é necessário estar munido com o termo de referência, chamado de Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
Segundo o coordenador da equipe que realiza o transplante, o otorrinolaringologista Paulo Fontelles, o implante coclear é um aparelho instalado cirurgicamente na pessoa e faz a função das células ciliadas lesadas do ouvido interno, com o objetivo de restaurar – ou criar – a capacidade de captação e compreensão do som, o qual é encaminhado diretamente ao nervo auditivo, por meio de estímulos elétricos que chegam ao cérebro, possibilitando uma percepção sonora clara, inclusive da fala.
Atualmente, o HUBFS é o único hospital da Região Norte do Brasil a realizar a cirurgia de implante coclear, considerada de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De outubro de 2010 até dezembro deste ano, o hospital já realizou mais de cem procedimentos.
Seleção – Hoje, o HUBFS precisa selecionar mais pacientes para o procedimento. Mas, por causa de uma série de critérios das áreas de otorrinolaringologia, fonoaudiologia, psicologia e do serviço social, não há garantia de que todos serão contemplados. “Nós estamos, no momento, com pacientes cadastrados. Entretanto eles passam ainda por avaliação para sabermos se há condições de fazer o implante”, Fontelles.
O motivo é que o paciente atende aos critérios da fonoaudiologia, mas não aos do serviço social. Outras vezes, satisfaz aos da otorrinolaringologia e deixa a desejar à área da psicologia. Então é preciso atender rigorosamente aos quatro profissionais para que esteja pronto à implantação do aparelho.
Em média, são duas cirurgias de implante coclear por mês e, depois de feito o procedimento, um mês depois, o paciente é encaminhado à ativação do aparelho, para verificar a sua adequação. A ativação é feita pela equipe de fonoaudiologia do Bettina e é um momento emocionante para ele, pois é quando, depois de anos sem ouvir, volta a escutar.
Memória auditiva – Pacientes pós-linguais – ou seja, os que perderam a audição, mas aprenderam a falar e possuem memória auditiva – e pré-linguais, pessoas que nasceram com deficiência auditiva severa a profunda, podem ser candidatos ao implante coclear.
No entanto o procedimento não é indicado: para indivíduos com tempo de surdez avançado para o desenvolvimento da linguagem oral, pacientes com ausência ou má formação da cóclea ou do nervo auditivo e com contraindicações clínicas.
Antes de passar pelo implante, a equipe multiprofissional trabalha para que o paciente faça uso de aparelhos auditivos. Mas, caso o problema não seja resolvido, é recomendado o procedimento cirúrgico.
O chefe da Unidade de Otorrinolaringologia, Murilo Lobato, explica que, por ser cem por cento Sistema Único de Saúde (SUS), os candidatos ao implante coclear precisam ser referenciados por uma unidade de saúde, seja do Pará, seja de outros Estados brasileiros. Para quem reside em outra cidade ou outro Estado da Região Norte, além da guia e da cópia dos documentos pessoais, é preciso estar munido com o termo de referência, chamado de Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
Serviço:
Hospital Bettina Ferro inicia cadastro para implante coclear
Endereço: Rua Augusto Correa, nº 1, Campus Universitário Guamá, Belém, com acesso também pela avenida Perimetral, portão IV da UFPA, Terra Firme.
Mais informações: (91) 3201-7819.
Texto e foto: Assessoria de Comunicação Ebserh